sexta-feira, 30 de maio de 2014

Petrolina é o único município de Pernambuco em projeto-piloto de descarte de lixo eletroeletrônico

Petrolina é a única cidade pernambucana a figurar em um projeto-piloto nacional de doação e descarte correto do lixo eletrônico.
A exemplo de outros oito municípios brasileiros, o programa está coletando no Sertão equipamentos como televisores, computadoares e micro-ondas velhos.
Esses produtos costumam ser descartados pela população junto ao lixo comum, contribuindo para o crescimentos dos lixões e, devido à composição de suas peças, para a contaminação do meio ambiente.
A escolha de Petrolina não ocorreu por acaso.
“As cidades foram selecionadas por terem condições de se testar o que determina a política de logística reversa”, disse o arquiteto e consultor do Instituto Nacional de Resíduos (INRE), George Hochheimer.
Em outras palavras, Petrolina, distante 715 km do Recife, com o seu distrito industrial, tem condições  de coletar, separar, tratar e dar o destino correto aos resíduos entregues.
Os produtos somente são recebidos mediante a assinatura pelos doadores de um termo de doação e descarte dos equipamentos.
Ao fazerem a entrega, os doadores recebem um certificado que garante o descarte responsável e ambientalmente correto dos aparelhos.
O certifcado está sendo enviado aos doadoraes via e-mail.
Nem todo eletroeletrônico pode ser descartado em Petrolina. Isso porque não há na cidade empresas voltadas ao reúso ou à reciclagem de produtos existentes nos equipamentos.
Daí, ficarão sem ser coletados tonners e cartuchos, freezers, máquinas de roupas e louças, condicionadores de ar e lâmpadas.
“Destinaremos tudo conforme a legislação”, disse a gerente de Marketing e Relacionamento da Sanvale, Taís Farias. A Sanvale é uma das empresas apoiadoras do projeto-piloto, iniciativa do INRE.
A destinação correta dos produtos é prevista pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Federal 12.305/2010.
Essa lei dedica parte do conteúdo à logística reversa.
E a logística reversa, por sua vez, prevê ações, procedimentos e meios para viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, responsável por reaproveitá-los ou dar outro destino.
O projeto-piloto quer, segundo George, testar esse sistema logístico.

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