O secretário de Meio Ambiente do Espírito Santo, Rodrigo Júdice, afirmou, nesta terça-feira (10), que o Rio Doce não vai morrer, mas ressaltou que vai ser bastante afetado, por conta do rompimento das duas barragens de rejeitos. “O rio não vai morrer, mas é importante que as medidas de contenção sejam adotadas o mais rápido possível pela empresa, porque isso vai mitigar o dano”, disse.
Júdice também disse uma multa vai ser lavrada à Samarco, mineradora responsável pelas barragens. Segundo ele, o valor ainda não foi calculado, mas vai ser proporcional ao patrimônio da empresa, bem como ao dano causado.
“A responsabilidade da empresa pela recuperação do dano ambiental é objetiva, inclusive de indenizar os pescadores e as pessoas afetadas por esse acidente que a gente lamenta muito. Além disso, a empresa tem que se colocar à disposição para todos os esclarecimentos do órgão ambiental”, destacou o secretário.
Questionado sobre uma possível contaminação da água, Júdice ressaltou que ainda não há um resultado das análises, mas falou que a presença de mercúrio é improvável.
“A extração de minério, há muitos anos, não usa mercúrio, então, é provável que não tenha, mas não podemos afirmar com precisão. O ferro e a lama já impedem o oxigênio e, obviamente, a mortandade de peixes é fato notório”, pontuou.
Monitoramento
Uma empresa contratada pela Samarco, responsável pela barragem que rompeu em Mariana, está coletando amostras ao longo do Rio Doce no Espírito Santo. Eles estão medindo a qualidade da água antes e depois da chegada dos rejeitos. À reportagem eles disseram que não estão autorizados a falar mais sobre os trabalhos.
Uma empresa contratada pela Samarco, responsável pela barragem que rompeu em Mariana, está coletando amostras ao longo do Rio Doce no Espírito Santo. Eles estão medindo a qualidade da água antes e depois da chegada dos rejeitos. À reportagem eles disseram que não estão autorizados a falar mais sobre os trabalhos.
Ministério Público
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente (Caoa) e das Promotorias de Justiça dos municípios afetados, informou que instaurou nesta segunda-feira (9) um inquérito civil para apurar as consequências e os impactos sociais e ambientais provocados em municípios capixabas.
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente (Caoa) e das Promotorias de Justiça dos municípios afetados, informou que instaurou nesta segunda-feira (9) um inquérito civil para apurar as consequências e os impactos sociais e ambientais provocados em municípios capixabas.
Uma equipe técnica do MPES foi para Colatina para monitorar e avaliar os efeitos da lama na água do Rio Doce.
O Ministério informou também que realizou, nesta segunda, uma reunião preliminar com a Samarco para discutir o assunto. A reunião será retomada nesta terça-feira (10) e, na ocasião, a mineradora deverá apresentar ao MPES um plano concreto de ações emergenciais e um plano de abastecimento de água para os municípios de Baixo Guandu e Colatina.
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